WebSummit e o seu Impacto sobre o Ecossistema Cripto







Foto retida do Jornal Público de 14.11.2018

FOI MUITO BOM!



Ou seja, foram 6.055 menos notícias sobre politiquices e futebol.



Este ano o WebSummit teve em exposição várias empresas ligadas à tecnologia blockchain (algumas delas portuguesas) e uma conferência de destaque no último dia (CriptoConf). Isto, para não falar das variadíssimas referências ao blockchain na conferência do dia anterior (MoneyConf),

É notória a adaptação da WebSummit, a sua transição de “Web” para “Cripto” é revela-se a cada ano que passa - ambos os projetos têm sensivelmente a mesma idade.

Que futuro reservará a WebSummmit?


É muito incerto, o contrato feito com o Estado Português por 10 anos é, a meu ver, exagerado para ambas as partes (trata-se de estender a existência da empresa para dobro!) mas o histórico de sucesso da WS tem sido muito benéfico para Portugal nos últimos 3 anos.

No entanto existe a esperança que esta não perca grande parte da sua energia empreendedora e que permita a exposição internacional das empresas portuguesas. Este ano em que lá estive, fiquei muito surpreendido com os vários projetos nacionais alicerçados pela tecnologia blockchain. Isto porque dizer que é blockchain já não é inovador, é uma buzzword que por vezes até atrai atenções negativas (em muito devido aos SCAMs e aos flops publicitários como o “Blockchain Mountain Dew Tea” ou “o Petro”)
O WS para mim, foi uma avalanche de contatos, reuniões e novas parcerias. A principal, que eu aceitei logo no momento foi ter o sponsor da TREZOR. Muito em breve farei um comparativo das principais hardware wallets do mercado (LEDGER vs. TREZOR), por isso Stay tuned por que eu tenho as duas e irei compará-las exaustivamente.



 ...e no próximo ano lá estarei novamente e irei fazer um levantamento mais detalhado dos projetos nacionais para este blog.
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Evento conjunto Bitcoin Portugal com Bitcoin Talks and Blockchain

Olá pessoal,

Estamos de volta para mais um encontro e novamente no formato de cooperação. Desta vez teremos um convidado especial, Bruno Silva irá apresentar-nos o projeto Musicoin.

Musicoin é uma criptomoeda e uma plataforma que visa trazer equilíbrio ao mundo musical e artístico. Venham descobrir o que é, porque funciona e como pode vir a vencer outras plataformas como o Spotify e Youtube.

Para quem é novo nestes eventos co-organizados por mim e pelo António Vilaça Pacheco, o nosso foco é a divulgação de blockchain e as criptomoedas para quem ainda está a dar os primeiros passos, a nossa postura é descontraída e a estrutura de Meetup é muito simples: Em primeiro lugar haverá uma breve apresentação sobre nós e sobre os nossos projetos, seguidamente caberá ao nosso convidado apresentar o seu projeto em maior detalhe. No final haverá sempre um momento de convívio/networking (ao ritmo de uma
cerveja para descontrair)

Speakers:
- António Vilaça Pacheco - welcoming and Blockchain Starter.
- António Chagas - Techblogger e Community Manager do Bitcoin Portugal.
- Bruno Silva - Embaixador em Portugal da criptomoeda "Musicoin".

Tip for beer: 2 eur :) (opcional)
Inscrevam-se aqui.


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Initiative Q - projeto REAL ou SCAM?



É SCAM sim, e a razão é muito simples.
A história começa como qualquer outra história do mesmo género. Alguém muito credível (neste caso ligado à PayPal) pretende criar uma versão melhorada de algo que teve muito sucesso (como o Bitcoin).
Que problema pretende resolver? Nenhum, mas basta procurar um dos supostos problemas do Bitcoin (o fee das transferências, a lentidão comparativamente aos sistemas centralizados, a escalabilidade, a elevada volatilidade do preço, etc… - é só escolher um ou dois). Isto tudo para criar um “espaço” de mercado.

E depois vem a parte PSICOLÓGICA, e é esta que torna tudo viral.


i) Crias FOMO (Fear Of Missing Out), através de um sistema de referrals, em que crias um sistema “invite only” e limitas a um número fixo de subscritores (cris assim a ilusão de escassez). As redes sociais aqui também entram em jogo, tornando o sistema de propagação exponencial.

(Isto faz muito lembrar as correntes de emails dos anos 2000, também não custava nada. Bastava reencaminhar o email (ou post do Facebook) a 10 amigos e algo de bom poderia acontecer, ou o Bill Gates iria doar uns milhões à caridade, ou o Facebook já não iria passar a ser pago, ou ganhavas um Iphone, etc… a lógica é a mesma - criar uma perceção de que não se tem nada a perder.)

ii) E isto tudo a um custo “virtualmente” de zero. Basta registar com o email, o que de pior pode acontecer?

"Quando o produto é gratuito TU és o produto".
O teu email é a chave para uma lista muito apetecível (e completa). Através de cruzamento de informações (algumas retiradas no site em que a pessoa faz o registo) é possível saber muito mais, juntando migalhas de informação espalhadas pela Internet.
Se nós soubéssemos a quantidade de informação que hoje existe sobre nós próprios na Internet ficaríamos seriamente assustados.
Ou seja, "eles" pegam em algo que nós não valorizamos (o nosso email) sob o pretexto de gerar valor, valor esse que não existe e nem nunca existirá a não ser para "eles" mesmos. Isto é o InitiativeQ, até pode não ser SCAM no sentido de retirar dinheiro diretamente às pessoas, mas pode prejudicá-las ao vender a sua informação a terceiros sem o seu consentimento.

Uma forma de avaliar os projetos para tentar aferir se estes se tratam de versões evoluídas de uma “corrente” tem a ver com o projeto em si, vejamos um caso prático:

Imagine-se que estamos em novembro de 2008 e que, através da cryptography mailing list, descobre um paper de um tipo que se dá pelo nome de Satoshi Nakamoto (criador do Bitcoin). Não existe site (mesmo que o bitcoin.org já tivesse sido comprado nunca seria tão apelativo como agora o InitiativeQ), não existe equipa definida (com links do LinkedIn e um portfolio de projetos de sucesso) e não existe um time-line ou canais específicos para a comunidade. Existe apenas um paper e um tipo que diz que acha que consegue resolver o problema do “Double Spending”. Isto sim era um projeto real, um projeto cheio de falhas, em construção mas com um enorme potencial.

Isto é o que o InitiativeQ não é.

Então devemos impedir estas práticas?

Não. Sou contra qualquer tipo de controlo ou regulamentação sobre isto. Tal como aconteceu com as correntes nos anos 00’s, haverá novos projetos tipo “InitiativeQ” e eventualmente, as pessoas deixarão de dar importância e os projetos morrerão. Na minha opinião a única solução é gerar "awareness".

Em conclusão, o InitiativeQ:

  • Não é blockchain;
  • Não tem valor (a não ser que a adesão seja massiva - que acontecerá quando esta empresa bem entender);
  • Trata-se de uma forma evoluída de email farming (ou chain email multi-level marketing)
  • É apenas mais um esquema de pirâmide. Os melhores esquemas de pirâmides (com fees encapotados) são aqueles em que levamos a pensar que o que temos a dar é mínimo. O efeito psicológico é forte, até porque existem formas "legais" na nossa sociedade em que isto é aceitável. Por exemplo, jogar no Euromilhões, nós estamos a dar algo (pouco) pela possibilidade de poder vir a ganhar muito, mesmo que a probabilidade desse muito seja zero - o ser humano tem dificuldade em percecionar a lei dos grandes números e psicologicamente nunca considera zero algo que vê conscientemente acontecer aos outros.
  • A máxima de - "se dermos moedas a muitas pessoas a adoção em massa irá triunfar" - é também exagerada. Para termos adoção em massa temos de ter escassez, temos de ter onde gastar, temos de ter comerciantes a aceitar, e até termos entidades públicas a aprovar. Ora este projeto não traz nada disso em adicional. É só mais um!

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Initiative_Q

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Sobre o Blockspot 2018

Olá pessoal,

blockspot 2018
Ontem estive de passagem pelo Blockspot 2018 a convite do Cláudio Machado da Bitugax

Sobre o Blockspot, tive imensa pena não puder ter comparecido e feito reportagem, foi mesmo falha minha. Na próxima edição farei questão de estar presente e de dar o meu contributo para a divulgação das criptomoedas e projetos de tecnologia blockchain.

Os dois projetos de tive o prazer de conhecer foram a empresa portuguesa Bitugax e o projeto internacional SmartCash.

Bitugax é uma plataforma online e encontra-se em processo de instalação das Bitcoin ATM's. O site da Bitugax pode ser cedido aqui.











O outro projecto, como já referi, chama-se SmartCash e foi-me apresentado pelo Henrique Souza.

Em traços gerais o  SmartCash (SMART) é uma moeda e uma economia descentralizada e focada na governação comunitária, cooperação e no crescimento.

O ponto central da comunidade é o canal de Discord




Está presente nas principais Exchanges e figura no raking 205º (CoinMarketCap)

O site site oficial pode ser consultado aqui.


De resto, ambos os projetos merecem uma melhor atenção. Fiquem atentos...

Votos de muitos sucessos à equipa Bitugax e ao Henrique (SmartCash)


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WEB SUMMIT 2018 - Criptomoedas podem “pensar um mundo mais global"



No palco central da conferência de tecnologia e inovação, a decorrer em Lisboa, o fundador da Draper Associates garantiu que o dinheiro eletrónico é uma “enorme oportunidade para pensar o mundo de forma mais global” e abandonar o modelo de “tribos”.

O investidor de capitais de risco Tim Draper argumentou na Web Summit que as moedas digitais podem “pensar o mundo de forma mais global”. “Os maus políticos vão tentar travar, os bons vão dar todo o poder e encorajar as cripto moedas”, defendeu o investidor, dando o exemplo da mão pesada usada pela China e pela abertura possibilitada pelo Japão.

No momento de fazer previsões sobre a evolução das cripto moedas, Tim Draper disse acreditar que se chegará à “solidez”, mas não sabe ainda quando e como. Segundo o investidor pode haver um aumento no valor se gigantes financeiros como a Goldman Sachs “perceba que só pode comprar empresas de cripto moeda com cripto moedas e o que tenha de fazer em preços altos, fazendo aumentar ainda mais o valor”.

Momentos antes deste painel, o Peter Smith, CEO da Blockchain garantiu que as “novas tecnologias são difíceis se não forem usadas” e para garantir que todos podem juntar-se à “cripto revolução” anunciou a oferta de moeda digital. 

Fonte: Jornal Económico

Grande dia!